Era 11 de junho do ano de 1998, às 15h00min. Hora da misericórdia. Uma quinta-feira de Corpus Christi. Ano do jubileu dedicado ao Espírito Santo, sendo Papa o nosso saudoso e venerável João Paulo II e Arcebispo de nosso arquidiocese de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales. Diante desses fatos, deu-se inicio a 1º reunião do Grupo de Comunhão, que futuramente se tornaria a Fraternidade Católica Éfeso, onde alguns jovens decidiram reunir-se e formar esta novidade dentro da R.C.C. E que poucos estados no Brasil, na época experimentava, já que era um projeto da Secretaria Marcos nacional (Ministério de Juventude). Na época chamava-se Grupo de Comunhão São Marcos, e, no decorrer dos anos, mudou para São Maximiliano Kolbe. Éramos apenas seis.
A primeira palavra animadora e forte foi I Pedro 2,7b “a pedra que os construtores rejeitaram, tornou-se a pedra angular” a partir daí os direcionamentos de Deus chegaram ao que hoje somos “Fraternidade Católica Éfeso”.
Mas, o que é Grupo de Comunhão? Como a própria palavra fala, é um grupo de pessoas que buscam, pela comunhão e oração, ajudar no crescimento espiritual e social de acordo com a partilha de suas alegrias e tristezas, sendo sustento uns para com os outros. É um grupo de oração, mas, com quantidades de pessoas reduzidas de no máximo 8 pessoas, para que a vida comunitária possa ser mais aprofundada, assim discernindo uns com os outros o que Deus quer de suas vidas; não podendo ser um grupo misto, com pessoas de caminhada diferente, mas, com o grau ou tempo de caminhada na igreja iguais ou bem próximos, hoje redefinimos a estrutura dos Grupos de Comunhão na Fraternidade Católica Éfeso, mas a intenção inicial permaneceu. Hoje buscamos viver a definição de comunhão que João Paulo II dar na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte nos números 43, 44, 45 que fala da espiritualidade de comunhão.
Começamos com seis pessoas (06), reuníamos em nossas residências alternadamente, e a princípio queríamos experimentar a vontade de Deus para nossas vidas, a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo, e da comunhão fraterna, Rezando junto, indo a missa, marcando confissões e e.t.c... Mais, com o passar do tempo, vimos que Deus a cada reunião nos chamava, mudava, conscientizava, curava. Sentimos o apelo de orar um pouco diferente. Além de trabalhar na oração e comunhão, resolvemos discernir o que Deus queria falar para todos nós, com algumas moções, revelações interiores, acontecimentos, e fomos vendo Deus nos pedindo mais doação, renuncia, dedicação à oração e discernimento, neste momento resolvemos procurar um padre (a Igreja) para nos orientar, aconselhar e discernir conosco o que Deus queria com tudo isto.
Neste meio tempo outras pessoas foram entrando no grupo e Deus falava mais ainda, resolvemos estudar sobre a vida comunitária (fraterna) e consagrada, além de estruturas de comunidade de vida e aliança, congregações, Sociedades de vida apostólica, Compramos livros, pedimos orientação ao padre, e fomos sentindo que Deus estava nos chamando provavelmente a uma vida comunitária; e no dia 01 de julho de 2000, dois anos depois, resolvemos nos oficializar como Fraternidade Católica Éfeso em experiência, e, em 25 de junho de 2001 inauguramos/ fundamos a Casa Maria Mãe da Igreja, casa de oração e formação, a nossa sede oficial, que para nossa felicidade, o Arcebispo da época, Dom Heitor de Araújo Sales, expediu carta assinada de próprio punho, autorizando a abertura da casa, afirmando que tinha conhecimento da nossa existência e abençoando os trabalhos realizados. Enquanto foi Bispo desta Arquidiocese, nos acolheu e orientou como verdadeiro pai e pastor. No momento, estamos a algumas anos com Dom Matias Patrício de Macedo, já tivemos alguns contatos e percebemos a mesma atitude de pai e pastor, nos orientando e direcionando.
No dia 01 de julho de 2001 do mesmo ano de inauguração da casa de oração, decidimos fazer votos de experiência, oficial com uma missa de envio, com o propósito de experimentar o que Deus já havia nos pedido. A partir daí muitas coisas aconteceram, provações, sofrimentos, purificação, perdas e outras coisas mais. Aprendemos com a experiência de outras comunidades e hoje possuímos já uma estrutura e uma vida comunitária, mas, sabemos que muito temos ainda a aprender e experimentar.
De dezembro de 2003 a janeiro de 2004, sofremos grande perda na comunidade, o que nos fez quase desistir da obra, todos os co-fundadores mas os membros principais da comunidade e também 80% dos membros que estavam sob votos na comunidade saíram, por não se enquadrarem na estrutura da comunidade e no que Deus havia nos pedido para viver.
Mas, a bondade e misericórdia de Deus é infinita! e quando a obra é de Deus Ele mesmo a sustenta e guia, deu-nos palavras e sentimentos que renovou em nós a esperança e a coragem de seguir adiante: Ageu 2,1-10; Zac. 2,5-17; Nee. 2; Sal. 26,4-6; Baruc 2,31-35; Isaias 62; Isaias 46,3-6; Isaias 3
A partir daí a obra se firmou mais e hoje a Fraternidade Católica Éfeso, tem um trabalho pastoral cinco vezes ou mais, maior do que o que era antes e uma consciência e certeza profunda da nossa vocação e chamado.
Para que pudéssemos discernir melhor o chamado vocacional, paramos os vocacionais e a incorporação na comunidade, recomeçando em 2009 com novos membros e reabrindo o vocacional, sabendo que Deus mesmo guiara a obra juntamente com aquela que é dona de nossas vidas Maria Santíssima, que também sem ela, nada seria possível.
A 10 de Janeiro de 2009, fizemos nossa assembléia para Fundação da Associação Maria Mãe da Igreja, para que pudéssemos nos enquadrar nas leis civis e também organizar e direcionar melhor o patrimônio da Éfeso.
O grande presente no inicio deste ano de 2009, foi ganharmos uma madrinha espiritual a Irma Agnes de Deus, Clarissa enclausurada.
Graças a Deus podemos afirmar que o nosso carisma é: ser, gerar no mundo um sinal (testemunho) de unidade e comunhão com a igreja, tendo como modelo a Santíssima Trindade.
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