O Código do Direito Canônico no Cânon 1176, parágrafo 3 diz o seguinte: “A Igreja recomenda insistentemente que se conserve o costume de sepultar os corpos dos defuntos; mas não proíbe a cremação, a não ser que tenha sido escolhida por motivos contrário à doutrina cristã”.
É de se notar que “com as modificações introduzidas pelo novo Ritual das Exéquias, é possível realizar os ritos exéquias inclusive no próprio crematório, evitando, porém, o escândalo ou o perigo de indiferentismo”.
Adite-se que, no caso da cremação, as exéquias não poderão ser feitas sobre as cinzas.
O importante é que não haja o desaparecimento do sentido da morte e dos seus símbolos. É condenável a fuga sistemática da recordação da morte como se fosse algo a ser riscado da mente humana.
O cristão tem em vista sempre a possibilidade da morte e vive em estado de graça, pois não sabe nem o dia nem a hora.
Quem vive de acordo com os Mandamentos da Lei de Deus não teme a morte, por considerá-la cada vez mais como colheita feliz de uma farta semeadura ou como plenitude de uma interior que via desabrochando aos poucos no decorrer da existência terrestre.
O verdadeiro discípulo de Cristo acredita na vida eterna. Eis o que ensina São Paulo: “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8,11). Bem de acordo com o que afirmou Jesus: “Em verdade vos digo:vai chegar a hora e é esta, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a tiverem ouvido viverão” (Jo 5,25).
Afastado o materialismo, a cremação dos corpos em nada vai contra a doutrina da ressurreição.
Morrer em graça e ver garantida a salvação, eis o que mais deve preocupar quem tem bom senso neste mundo, pois tudo mais é secundário e só vai causar ansiedade ao se deixar esta terra. Cumpre a cada um se preparar durante todos os momentos desta trajetória terrena para o instante de sua morte. Este pensamento, longe de ser negativo, é altamente construtivo. Deve enfronhar todas as ações, decisões e aspirações; iluminar todas as atividades; aclarar todos os ideais; impregnar todas as lides; fortificar todas as resoluções; dourar todas as afeições; fundamentar todos os desejos. Aliás, este foi o conselho de Jesus: “Vigiai, portanto, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (Mt 24,42).
Diante da morte encarada com seriedade os prazeres mundanos não passam de um divertimento danoso e indesejável; o pecado o maior de todos os males; o tempo empregado em futilidades uma perda irreparável. A morte pervaga, dia e noite, o palacete luxuoso do rico, ela desce a todas as horas ao tugúrio desprotegido do pobre, ela não conhece classes nem títulos, idade ou condição social, galardões ou insígnias. Sem ruído e sem cicio, como um ladrão à noite, na correta comparação de Cristo, ela surpreende o pecador no fundo caliginoso de seus crimes e de suas reincidências no vício e torna perene a inimizade para com o Pai. Do mesmo modo ela vem ao encontro do justo e o convida para as Bodas do Cordeiro. Sua visita não tem hora, nem lugar. A incerteza marca terrivelmente o mais certo dos fatos. Não sabemos o lugar, as circunstâncias, o momento em que ela virá. Daí a sapientíssima advertência do Apóstolo Paulo: “Enquanto temos tempo, façamos o bem!” (Gl 6,10). “Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito!” possamos dizer ao se fechar o livro de nossa vida e estas palavras serão a senha sagrada que nos abrirão as portas do paraíso. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho (catolicanet)É de se notar que “com as modificações introduzidas pelo novo Ritual das Exéquias, é possível realizar os ritos exéquias inclusive no próprio crematório, evitando, porém, o escândalo ou o perigo de indiferentismo”.
Adite-se que, no caso da cremação, as exéquias não poderão ser feitas sobre as cinzas.
O importante é que não haja o desaparecimento do sentido da morte e dos seus símbolos. É condenável a fuga sistemática da recordação da morte como se fosse algo a ser riscado da mente humana.
O cristão tem em vista sempre a possibilidade da morte e vive em estado de graça, pois não sabe nem o dia nem a hora.
Quem vive de acordo com os Mandamentos da Lei de Deus não teme a morte, por considerá-la cada vez mais como colheita feliz de uma farta semeadura ou como plenitude de uma interior que via desabrochando aos poucos no decorrer da existência terrestre.
O verdadeiro discípulo de Cristo acredita na vida eterna. Eis o que ensina São Paulo: “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8,11). Bem de acordo com o que afirmou Jesus: “Em verdade vos digo:vai chegar a hora e é esta, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a tiverem ouvido viverão” (Jo 5,25).
Afastado o materialismo, a cremação dos corpos em nada vai contra a doutrina da ressurreição.
Morrer em graça e ver garantida a salvação, eis o que mais deve preocupar quem tem bom senso neste mundo, pois tudo mais é secundário e só vai causar ansiedade ao se deixar esta terra. Cumpre a cada um se preparar durante todos os momentos desta trajetória terrena para o instante de sua morte. Este pensamento, longe de ser negativo, é altamente construtivo. Deve enfronhar todas as ações, decisões e aspirações; iluminar todas as atividades; aclarar todos os ideais; impregnar todas as lides; fortificar todas as resoluções; dourar todas as afeições; fundamentar todos os desejos. Aliás, este foi o conselho de Jesus: “Vigiai, portanto, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (Mt 24,42).
Diante da morte encarada com seriedade os prazeres mundanos não passam de um divertimento danoso e indesejável; o pecado o maior de todos os males; o tempo empregado em futilidades uma perda irreparável. A morte pervaga, dia e noite, o palacete luxuoso do rico, ela desce a todas as horas ao tugúrio desprotegido do pobre, ela não conhece classes nem títulos, idade ou condição social, galardões ou insígnias. Sem ruído e sem cicio, como um ladrão à noite, na correta comparação de Cristo, ela surpreende o pecador no fundo caliginoso de seus crimes e de suas reincidências no vício e torna perene a inimizade para com o Pai. Do mesmo modo ela vem ao encontro do justo e o convida para as Bodas do Cordeiro. Sua visita não tem hora, nem lugar. A incerteza marca terrivelmente o mais certo dos fatos. Não sabemos o lugar, as circunstâncias, o momento em que ela virá. Daí a sapientíssima advertência do Apóstolo Paulo: “Enquanto temos tempo, façamos o bem!” (Gl 6,10). “Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito!” possamos dizer ao se fechar o livro de nossa vida e estas palavras serão a senha sagrada que nos abrirão as portas do paraíso. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
Local:Mariana (MG)
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